quarta-feira, 29 de março de 2017

A Netinha Quer Saber: Quem é o Namorado da Vovó


      Uma garotinha de 5 anos estava passando o dia com a sua avó.
Enquanto ela brincava, a avó cuidava da casa, passando o espanador de pó nos móveis. Até que, num momento, a netinha pergunta:
     — Vovó, por que a senhora não tem um namorado?
A avó responde:
       — Querida, o meu namorado é a televisão. Eu posso deitar-me  confortavelmente na cama ou no sofá e assistir o dia todo. Os programas religiosos fazem com que eu me sinta muito bem.
E continua:
      — Os programas de comédia fazem-me rir e as novelas distraem-me. Então estou muito feliz em ter o televisor como meu namorado.
E então a avó liga a TV. A imagem fora do ar estava horrível! Ela tentou ajustar as antenas para tentar sintonizar direito, mas nada adiantou. Irritada, começou a bater na parte de trás do aparelho para ajudar o problema e nada. E ela batia cada vez mais e mais, cada vez mais brava.

            Eis que toca a campainha e a neta corre até à porta para atender. Quando abre, lá está a vizinha, amiga da avó, que pergunta: “Boa tarde, lindinha. A sua avó está em casa?”
A garotinha responde: “Sim, ela está no quarto batendo no namorado dela”.

Não pode viver sem café? Então agradeça a este Papa.



   Mas, se vive no Ocidente, saiba que o café poderia nunca ter chegado até si. Se não fosse um certo Papa disposto a ir contra o conselho de seus conselheiros, nunca teríamos conhecido o café.
     Segundo a lenda, a “questão do café” chegou por volta de 1600, durante o pontificado do Papa Clemente VIII. O café já era popular no mundo muçulmano e estava começando a encontrar o seu caminho para a Europa cristã. E para algumas pessoas, essa foi uma das principais causas de preocupação.
       O vinho era a bebida popular entre os cristãos; e os muçulmanos não podiam beber vinho, a sua bebida popular era o café. Como resultado dessa realidade cultural, algumas pessoas pensavam que o café, de alguma forma, representava uma bebida anticristã, uma “amarga invenção de Satanás”. Os conselheiros disseram-lhe para condenar a bebida e proibi-la aos cristãos.
      O Papa Clemente não tomou uma decisão precipitada e escolheu experimentar primeiro a bebida.
       E o Papa achou a bebida deliciosa!
“Esta bebida de Satanás é tão deliciosa”, exclamou ele, “que seria uma pena deixar os infiéis usá-la exclusivamente!”
                                                http://pt.churchpop.com/nao-pode-viver-sem-cafe-entao-agradeca-este-papa/

De onde veio a palavra “hóstia”?


Os cristãos adotaram esta palavra para se referir ao Cordeiro imolado

   
  Certa vez, pensando sobre o “Sacramento da Caridade”, fiz-me a seguinte pergunta: por que será que costumamos associar “Eucaristia” com “hóstia“?
Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão (na festa de Corpus Christi), guardar a hóstia… Uma criança chegou certa vez para a catequista e perguntou: “Tia, quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?”. Ela se referia à primeira comunhão.
Tive então a ideia de ir atrás da origem da palavra “hóstia”. Corri para um dicionário (aliás, vários) e descobri que, em latim, “hóstia” é praticamente sinónimo de “vítima“. Aos animais sacrificados em honra dos deuses, às vítimas oferecidas em sacrifício à divindade, os romanos chamavam de “hóstia”. Aos soldados tombados na guerra, vítimas da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, eles chamavam de “hóstia”. Ligada à palavra “hóstia” vem a palavra latina “hóstis“, que significa “inimigo”. Daí vêm palavras como “hostil” (agressivo, ameaçador, inimigo), “hostilizar” (agredir, provocar, ameaçar). A vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma “hóstia”.
      Então aconteceu o seguinte: o cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra “hóstia” exatamente para se referir à maior “vítima” fatal da agressão humana: Cristo, morto e ressuscitado.
Os cristãos adotaram a palavra “hóstia” para se referir ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo, ressuscitado, presente na Eucaristia. A palavra “hóstia” passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira:
“Isto é o meu corpo entregue… o meu sangue derramado”.
      O pão consagrado, portanto, é uma “hóstia”, aliás, a “hóstia” verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana e agora vivo entre nós, feito pão e vinho, entregue como alimento e bebida: Tomai e comei… Tomai e bebei…
Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito deste sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra “hóstia” na liturgia do cristianismo romano primitivo e se fixou quase que só na materialidade da “partícula circular de massa de pão ázimo que é consagrada na missa” – a tal ponto que acabamos por chamar de “hóstias” até mesmo as partículas ainda não consagradas!
      Hoje, quando falo em “hóstia”, penso na “vítima pascal”, penso na morte de Cristo e na sua ressurreição, penso no mistério pascal. Hóstia para mim é isto: a morte do Senhor e a sua ressurreição, sua total entrega por nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na missa, toda a assembleia canta: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”.
     Diante desta “hóstia”, isto é, diante deste mistério, a gente se inclina em profunda reverência, se ajoelha e mergulha em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido “como hóstia viva, santa, agradável a Deus” (Rm 12,1). Adorar a “hóstia” significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E comungar a “hóstia” significa assimilar o seu mistério na totalidade do nosso ser para nos tornarmos o que Cristo é: hóstia, entregue em serviço aos irmãos.
       E agora entendo melhor quando o Concílio Vaticano II, ao exortar para a participação consciente, piedosa e ativa no “sacrossanto mistério da Eucaristia”, completa: “E aprendam a oferecer-se a si próprios oferecendo a hóstia imaculada não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele, e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos” (SC 48).
Frei José Ariovaldo da Silva, OFM