Éolo era
conhecido como o deus dos ventos. Vivia em Eólia, uma ilha flutuante, com seus
seis filhos e seis filhas. Zeus concedeu- lhe o poder de acalmar e despertar os
ventos, mas advertiu-o de nunca conceder gratuitamente nenhum de seus poderes.
Quando o herói
grego Ulisses visitou Éolo, ele foi recebido como um convidado de honra. Éolo
presenteou- o com um vento favorável numa sacola de couro repleta com todos os
ventos, para usar na sua viagem. Ulisses foi imprudente deixando a sacola
abandonada a um canto.
Os marinheiros
de Ulisses pensando tratar-se de uma sacola com ouro, abriram-na e a costa foi
imediatamente varrida pelos ventos. Éolo arrependeu- se de ter presenteado
Ulisses com a força dos ventos e recusou-se a ajudá-los. novamente procurado
por Ulisses, Éolo justificou-se:
" Quem semeia
ventos, colhe tempestades..."
******************
******************
O mito de Éolo
representa as nossas atitudes em relação aos outros. Quando distribuímos
sorrisos e gentilezas, esperamos que os outros nos tratem da mesma maneira. No
entanto, isso nem sempre acontece. Existem pessoas que não estão preparadas
para viver em sociedade. A estas normalmente julgamos serem injustas.
Somos
condicionados desde pequenos a procurar por justiça, e quando na vida somos
injustiçados sentimos raiva, ansiedade e frustração. Na verdade, procurar por
justiça plena é como procurar a fonte da juventude eterna. A justiça não
existe, nunca existiu e nunca existirá. O mundo não funciona dessa forma.
A natureza não
é justa. Os animais são predadores
naturais de outros: os ratos comem os percevejos; a cobra come os ratos; as
galinhas comem as cobras; os coiotes comem
as galinhas etc. Assim é a cadeia alimentar dos bichos. Furacões, inundações,
terremotos, todos são injustos, porque atingem bons e maus.
É um conceito
mitológico sentir-se feliz ou infeliz devido à justiça; é isentar-se da
responsabilidade pela própria felicidade. A exigência da justiça é verdadeira,
mas não nos podemos deixar envolver demais nela, pois assim estaremos sendo
injustos em relação a nós mesmos. A injustiça é constante mas podemos recusar
nos a sermos reduzidos a um estado de imobilidade emocional por causa dela. Esforçar-se
para eliminar a injustiça é um dever mas ninguém jamais poderá se sentir
psicologicamente derrotado por ela. Se você parar de plantar boas sementes de
onde nunca nada se colhe, nunca se sentirá injustiçado. Porém saiba que quem
semeia ventos, colhe tempestades!...
Éolo – Senhor dos Vento:
- Rei da ilha flutuante de Eólia;
- um mortal a quem Zeus deu o poder de
controlar os ventos que mantinha presos
numa gruta. Apenas devia libertá-los
quando quisesse ou quando os deuses lhe
pedissem.
Os
companheiros de Ulisses, julgando que o odre continha vinho, abriram-no
enquanto Ulisses dormia.
Uma
vez aberto o odre, os ventos saíram e desencadearam uma grande tempestade, que
arrastou a nau até à costa de Eólia.
Éolo,
consciente que Ulisses era alvo da fúria dos deuses, não quis saber mais de
Ulisses e mandou-o embora.
Éolo
deu o nome a um grupo de ilhas no sul de Itália. (As Ilhas Eólias)
In
Infopédia, Dicionários Porto Editora
Ilhas Eólias - foram declaradas,
em 2000, Património da Humanidade, pela Unesco, devido à riqueza dos seus
ecossistemas e pela beleza das paisagens.
A maior é a ilha Lipari e, por isso, o
arquipélago é também conhecido por “Ilhas Lipari”.
Fazem parte deste arquipélago as ilhas
Vulcano, Salina, Stromboli, Filicudi, Alicudi e Panarea.
Endereço
dos vídeos:
Navigando tra
le Isole Eolie.
Stromboli
& Ilhas Eóleas